segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Mar sem fim...


Indiscutivelmente a cada pegada que deixamos no mapa das nossas sensações, há uma outra que relegamos para o passado. Escrevemos e apagamos com o velho pretexto de um fim visionado nas mais belas galerias da não existência. Sim, ali onde imoveis criámos laços com o vazio que nos rodeava. No fim de contas, estamos sós, numa inevitável convivência de posse com aqueles em que revemos caracteristicas comuns.
Procuramos sem fim um porto de abrigo, navegamos em mares sem fundo, e apesar de muitos naufrágios em aportagens, almejamos sempre um casco titânico em que tudo se torne possivel de explorar. Quantas vezes os Deuses nos abandonaram? Já perdemos a conta a toda a desgraça que eles provocaram, no entanto, são eles que nos consolam quando tudo falta. As energias estão alinhadas, porém onde esta o fundo viável ao descolar num plano astral, real e vivo?

Carta introdutória...


Revoltosos são estes passos contra a maré de tristeza que me invade. Absurda é esta sensação de irreal que me corrompe as entranhas. Translúcida é a miragem que emana de teus lábios. Recluso sou eu do sistema circular que irrompe a cada inspiração.
Liberdade momentanea esta em que me apoio. Fortes são as motletas em que sustento os meus sentimentos. Desistência corrupta ao longe, afundo me nesta visão desprovida de profundidade.
Podes brilhar para mim, não é dificil. Este túnel em que marco os meus passos é negro, como o bréu gelado de um infinito absurdo roubado aos Deuses. Se ao menos soubesses como existes em mim, negarias qualquer infortúnio e jamais levantarias dúvidas. Aceita me... pelo que sou contigo.