quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Soar de vivência...


Quadros geométricos, pedras preciosas, aromas das indias, buscas infindáveis de planos exotéricos. Piadas desreguladas por questões vazias e irracionais. No meio do vento, os corações gelam com risadas de lucidez. Na tristeza de arriscar o nada, surge o perder do real, na seca e pálida fusão dos seres.
Já pensaste que na verdade o sobrenatural foi criado para dar emoção aos momentos mortos? E já viste que a chuva molha a cada pingo? Como será viver perdido no nevoeiro? Qual D.Sebastião e império perdido, que doença é essa a que nos percorre na irrefutável vivência? Agarramos planos e mistérios para nos encontrarmos, lidamos com um ser que habita em nós e que repudiamos.
Parei, acendi um cigarro e despertei na chama que rompeu a escuridão, que alma perdida a tua, que rasgos tem a tua pele, como é possivel não sarar as feridas?
Vem, relaxa na ilusão dos nossos corpos, deixa o extâse orgásmico que te preenche, desvanescer no doce passar dos segundos. Mente ao mundo e grita doces notas de paixão ao meu ouvido.
Repara, a luz, o dia já rompe, cobre o teu corpo nu e procura não corar, a cada raio solar, mais um brilho preenche o teu rosto. Como brilham esses olhos, que fogueira eles transportam, que mares ja os percorreram... Sai, os passaros já tocam o sinal do teu alarme.

2 comentários:

Maria Braz disse...

Por vezes as feridas ficam para que nos possamos lembrar que nem tudo é belo, brilhante, quente e extraordinariamente delicioso...

Beijos

ariana_margarida disse...

Já pensaste que o conceito de "sobrenatural" depende do que já tens de "natural"!?

Muito bem escrito, gostei bastante. Escreve mais vezes.

beijo~