domingo, 18 de novembro de 2007

Gelo interno...


Levanto este copo de veneno e discurso palavras futeis em jeito de verso, já nada combina com o preto, nem mesmo a noite.
Ao primeiro drago deste néctar que me derrete a traqueia sinto me crente, peço a Deus que me faça planar e sair deste corpo que me prende a um chão que não quero pisar. Ao segundo drago, o meu corpo fraqueja e caio de joelhos sobre o soalho podre das térmitas, sinto uma dor no peito, o meu coração bombeia apenas um ácido que me consume.
Ao terceiro drago fecho os olhos, desligo-me deste corpo e toco as tuas mãos.
Estás fria, mas apenas me interessa saber que estás comigo.

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