sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Procura de condição


Nesta linha recta em jeito de vale chamado vida, a lua desvia a minha atenção para as possiveis ramificações existentes, neste mapa absurdamente real que é o destino.
Perfilados como prisioneiros já vão marchando os meus ideais rumo ao abismo da não aceitação. Os rasgos na minha pele, tornam insustentável a aquisição do conhecimento do real.
Vejo me obrigado a existir no escuro, sem direito a delinear com os meus dedos as curvas do teu rosto.
Vejo me obrigado a coexistir nesta recta em jeito de vale, onde a lua é tão negra, como o negro que envolve o meu mundo.
Caminho neste solo agreste, rumo a lado nenhum, mas algures pelo caminho, ouvi que parar é morrer, e morrer é descer a mais absoluta escuridão.
Serei especial por estar vivo neste espaço, onde ja tudo sucumbiu ao passar do tempo? Onde o pó é inevitavelmente tudo o que resta? Especial!? Não o diria! Mas sendo nós pó, poderiamos dizer que estamos mais perto da nossa condição.
E isso nao seria especial mas sim raro

Sem comentários: